Apps já estão consolidados em nosso dia a dia, mas não temos o domínio sobre eles. Você já parou para pensar nisso?

Há alguns anos, antes mesmo dos celulares serem populares, se você quisesse usufruir de alguma coisa era preciso comprá-la e ela seria sua para sempre.

Foi assim com os aplicativos de smartphone no começo das lojas virtuais, mas muita coisa mudou de lá para cá.

Talvez você não tenha se dado conta, mas muitos dos apps que utilizamos, e que estão consolidados em nosso dia a dia, na verdade não são realmente “nossos”.

Isso porque o conceito de posse e acesso no mundo virtual mudou completamente as regras do jogo.

Pense, como exemplo, no pacote de aplicativos Office, da Microsoft. Antigamente, para tê-lo, era preciso comprar um CD ou DVD e instalá-lo no computador. Os softwares custavam mais caro, mas uma vez comprados eram seus para sempre.

No entanto, na última década especialmente, muitas empresas adotaram o conceito de SaaS, sigla em inglês para “Software as a Service” (“Software como serviço”, em tradução direta). Essa ideia proporcionou uma verdadeira revolução na qual você usa as coisas, mas não é dono delas.

Curioso, não é mesmo? Nesse artigo, listamos cinco aplicativos de smartphone que estão no celular da maioria das pessoas, mas que elas de fato não possuem o seu conteúdo. Você consegue lembrar de outros exemplos?

1 – Spotify

Você se lembra do que precisava fazer para ouvir música no passado? As opções há 20 anos eram ir até a loja comprar um CD, uma fita-K7 ou um vinil e ouvir em casa as suas músicas para sempre. Com a chegada dos formatos digitais, baixar arquivos MP3 passou a ser o caminho.

No entanto, baixar arquivos para ouvir músicas também virou coisa do passado. Hoje, é por meio dos serviços de streaming que a maioria das pessoas ouve suas músicas.

Trata-se de um método no qual você não tem a posse das faixas, mas sim o direito de acesso a elas quando bem entender.

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2 – Netflix

O mesmo acontece com o popular serviço Netflix. Ele foi responsável por mudar completamente a maneira como assistimos aos filmes e séries de TV.

Se antes era preciso ir até uma locadora para alugar um filme ou mesmo comprar um DVD ou Blu-ray, hoje basta ligar o celular.

Pagamos por uma assinatura que nos dá acesso ilimitado a milhares de produções. Apesar de termos todas elas na palma da mão a qualquer momento, nenhuma delas é realmente nossa.

Se você não pagar a assinatura mensal, automaticamente perde o direito de acessar a coleção.

3 – Facebook

A rede social mais popular do planeta é também um exemplo de serviço que utilizamos, mas não temos a posse sobre ele.

É claro, as fotos e vídeos que você publica por lá são seus e ninguém vai tirar isso de você. Contudo, a partir do momento que eles são postados, ganham o mundo.

Se amanhã o Facebook decidir encerrar o serviço você não terá absolutamente nada para fazer, a não ser baixar uma cópia daquilo que já postou.

Mesmo não precisando pagar pelo uso, você obrigatoriamente concorda com termos de acesso quando faz a sua inscrição.

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4 – WhatsApp

Um dos aplicativos de smartphone mais populares do mundo é o WhatsApp. No princípio, havia a ideia de que ele seria pago a partir do primeiro ano de uso, mas quando o Facebook o comprou essa ideia foi deixada de lado. Porém, o WhatsApp não pode ser considerado seu.

Isso porque você não consegue utilizá-lo se a empresa responsável por fornecer o serviço deixa-lo de lado da noite para o dia.

Instalado no celular, mas sem o devido suporte técnico ele não significa nada. Você já pensou que a sua principal ferramenta de comunicação pode sumir a qualquer momento?

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5 – Tinder

Fechando a nossa lista, incluímos aqui um aplicativo similar, cujos termos de uso determinam que você deve seguir à risca a proposta dos seus proprietários, o Tinder.

Por mais que você “tenha” amigos e se relacione com muitas pessoas, na verdade são eles que detém as suas informações.

Se a empresa responsável pelo app decidir mudar as regras do jogo, você será obrigado aceitá-las para continuar usando o serviço.

Outra opção é apagar o app. Para aqueles que pagam por algumas funcionalidades, vale o mesmo princípio: você tem o direito de acessar, mas não é seu.

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O que é seu merece proteção

Se os aplicativos não são seus e você apenas os acessa, o mesmo não vale para o seu smartphone.

Trata-se de um produto no qual você investe dinheiro – e em vários casos falamos de muito dinheiro – e que não pode ser perdido sem mais nem menos.

Para isso, o melhor caminho é contratar um seguro celular. Ele ajuda você a recuperar o dinheiro investido no aparelho caso seu smartphone seja roubado. Nesses casos, você deve ir até a polícia e registrar um boletim de ocorrência do roubo.

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Depois, reúna toda a documentação requisitada e entre em contato com a seguradora.

Eles confirmarão a transação e darão seguimento ao resgate da sua apólice. Você receberá de volta o valor segurado e poderá comprar outro celular, sem ter que arcar com o prejuízo.