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Carros caros. Por que no Brasil os valores são tão altos?

08 de junho de 2015

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Carros Caros - Quem nunca teve aquele amigo que, após uma viagem aos EUA, voltou com uma quantidade de peças de roupas suficiente para vestir todo o bairro?


Carros caros

Isso não é muito difícil de acontecer e a razão disso é que normalmente roupas e objetos são consideravelmente mais baratos fora do país. Na mesma proporção temos os carros, que lá fora são por vezes bem mais em conta que em território brasileiro. Mas, por que isso acontece?

Carros caros, veja o exemplo do Honda City


Para você entender melhor, tomemos como exemplo o Honda City. Quando este modelo foi lançado no Brasil, a concentração de publicidade e marketing girava em torno da ideia de que o modelo seria ideal para consumidores residentes em grandes cidades, garantindo a excelência nos quesitos funcionalidade, design e desempenho. Três meses depois, o modelo Honda City havia se tornado líder na categoria. No entanto, para os demais moradores de São Paulo adquirirem um desses modelos na versão LX 1.5 do ano de 2012, era necessário desembolsar 59.000 reais. No México, o mesmo carro valia 33.300 reais, ou seja, praticamente o dobro do valor. Essa diferença de valores demonstrou que os brasileiros, em comparação aos mexicanos, pagavam uma diferença de R$25.7000, que corresponde a 77% a mais. Em contrapartida, nossos "hermanos" argentinos, além de desembolsarem menos na compra do carro, ainda recebiam um veículo mais equipado.

Carros caros - carga tributária e falta de concorrência


Especialistas no assunto apontam uma série de motivos que justificam a questão do alto custo dos carros no Brasil: carga tributária exorbitante, falta de concorrência, grande gasto com matéria-prima e mão de obra, margem de lucro superior a do exterior (o chamado Lucro Brasil) e consumidores dispostos a pagarem mais sem muito questionamento. Nosso imposto de importação, se comparado ao dos EUA, é assustador. Lá, o imposto é de 2,5%. Em solo nacional, esse número sobe para 35%. Fora que, depois que o automóvel entra em território brasileiro, existem outros impostos aos quais ele é submetido, tais como o IPI, ICMS, PIS, Cofins e INSS. Porém, os impostos sozinhos não são responsáveis pelos altos preços finais do veículo. O lucro, volume de vendas e disposição de compra do consumidor vai influenciar diretamente no valor final do produto. Por exemplo: você estaria disposto a pagar R$ 7.000 em uma geladeira? Provavelmente não! Esse é um preço muito alto para uma geladeira. Mas, quando se trata da compra de um carro, acabamos deixando o bom senso para trás e o impulso fala mais alto.

Comportamento do consumidor


Há ainda uma variável de grande importância: o comportamento do consumidor. Como o automóvel no Brasil é um símbolo de status, grande parte dos brasileiros não se importa em pagar caro para tê-lo, pagando à vista ou financiando em parcelas que caibam no orçamento. Como o poder aquisitivo de muitos brasileiros não é alto, as montadoras e concessionárias geram preços menores para os carros mais básicos e oferecem opcionais de custos variados para melhorá-los, tornando a aquisição de um carro mais acessível. Contudo, se você prefere ter um carro barato, aqui vão algumas dicas: dê preferência a motores com menos de 1 litro e veículos sem portas traseiras. Talvez você ainda contribua para que o Brasil perca a fama de país dos carros comuns a preços exorbitantes. Então, vamos analisar o nosso comportamento e de quebra atentar para um seguro auto que seja realmente eficaz.