Era uma vez: Relembre os Celulares de 2002

Saiba quais eram os principais aparelhos que faziam sucesso há quinze anos junto aos consumidores brasileiros

Onde você estava há quinze anos? Dependendo da sua idade, talvez você ainda não tinha nem nascido. Outros, entretanto, já estavam estudando ou trabalhando e, por conta disso, terão condições de se lembrar como era o mundo em 2002. Foi o ano que o Brasil ganhou a Copa do Mundo no Japão e na Coreia do Sul e se tornou o primeiro pentacampeão mundial.

De lá para cá muita coisa mudou. E, se formos observar o mundo dos celulares, a diferença é gigantesca. As telas touch, as lojas de aplicativos, os celulares capazes de substituir um computador em muitas tarefas… Nada disso existia. A realidade dos celulares era muito diferente, mas nem por isso eles impressionavam menos.

Chegou a hora de viajar no tempo, relembrar o celular antigo e conhecer quais eram os celulares de maior sucesso no ano de 2002.

1 – Nokia 6610

A Nokia viveu uma verdadeira montanha-russa nos últimos 15 anos. De empresa líder mundial em celulares, ela foi perdendo espaço quando os smartphones se tornaram a regra, até recuperar parte do prestígio com o lançamento da linha Lumia, com Windows Phone. Depois a empresa foi vendida, ficou fora do mercado por um tempo, e só agora está voltando, ainda tímida.

Porém, em 2002 era dela o mais sucesso da época. O Nokia 6610 vendeu nada menos do que 15 milhões de unidades – pouco para os padrões atuais, mas um recorde para a época. Seus principais recursos eram Rádio FM, navegação WAP e toques polifônicos. O display tinha 1,5 polegada, com resolução de 128 x 128 pixels.

2 – Nokia Communicator 9210i

Imagine que chique que era ter naquela época um celular que contasse ainda com um teclado QWERTY. Usado no filme O Santo, estrelado por Val Kilmer, o Nokia Communicator 9210i era o sonho de consumo de muita gente. Com o sistema operacional Symbiam e tela colorida, ele era o que havia de mais próximo a um smartphone na época.

Seu principal diferencial era o fato de que ele contava com duas telas. Uma tradicional, pelo lado de fora, e outra interna. A externa tinha apenas 1 polegada, enquanto a interna chegava às 4,5 polegadas.

A resolução, entretanto, não passava de 640 x 200 pixels, um número acima da média para a época. Se existisse seguro para celular naquela época, esse modelo era um para o qual você deveria contratá-lo.

3 – Motorola Accompli 388

A principal concorrente da Nokia era a Motorola, outra empresa que passou por profundas transformações nesses quinze anos, mas que nunca deixou de figurar entre as cinco primeiras do mercado. A companhia norte-americana foi comprada pela Google e depois vendida para a chinesa Lenovo, que mantém a marca até hoje.

O modelo que era o carro-chefe da empresa era o Motorola Accompli 388, um celular com flip e uma incrível tela touch. Só que ela ainda não era colorida e o melhor jeito de gerenciar as informações era com uma caneta stylus. Havia ainda dois recursos que chamavam muito a atenção: um compositor de melodias e o reconhecimento de escrita natural.

4 – Siemens A50

Assim, como a Nokia, a Siemens era sinônimo de telefonia de qualidade. Entretanto, o mundo dos smartphones fez com que a empresa ficasse para trás e hoje ela está completamente fora desse mercado. Não era assim em 2002, quando o modelo A50 fazia um enorme sucesso. Para se ter uma ideia, foram vendidas 15 milhões de unidades dele.

Visto como uma alternativa aos modelos da Nokia, sendo muito similar em design, ele trazia como diferenciais o seu software de navegação e um sistema operacional próprio, o Siemens Mobile. As carcaças frontais eram intercambiáveis e a tela monocromática com fundo alaranjado fazia muito sucesso junto aos mais jovens.

5 – Samsung SGH-T100

A empresa sul-coreana Samsung já se destacava em meio às grandes vendedoras de celulares da época, mas ainda sem muita pretensão de se tornar a líder de mercado no mundo. O modelo SGH-T100 ia muito bem, tendo alcançado a marca de 12 milhões de unidades vendidas. Seu design seguia o chamado estilo “clamshell”, uma espécie de concha.

Com tela colorida de 12 linhas, a resolução era de 120 x 160 pixels. Toque polifônicos, navegação WAP e possibilidade de personalizar os ringtones eram os itens que mais chamavam atenção. Aliás, você podia comprar pacotes de ringtones e o comércio desse item era muito requisitado pelos consumidores.

6 – Ericsson T200

A empresa Ericsson já pertencia à Sony, mas seu nome era referência em tudo que dizia respeito à telefonia. Os aparelhos eram mais voltados para o mundo dos negócios e o T200 representou uma alternativa mais moderna, visando contemplar um número maior de consumidores. Visual inspirado nos modelos da Nokia era o ponto-chave.

Ele contava ainda com um botão azul que dava acesso direto à navegação WAP, tinha tela monocromática com iluminação azul e LED de notificação, mas nada de toques polifônicos. Era considerado um dos bons modelos custo-benefício da época. Entretanto, mesmo custando um pouco menos, ainda era acessível para poucos, assim com a maioria dos celulares da época.

…

Esses eram os celulares top de linha da época. Nenhum deles funcionaria nos dias de hoje, tamanha é a evolução que houve no mundo das telecomunicações. Quem poderia imaginar que um celular antigo destes seria o embrião para os modernos smartphones que temos hoje?