Celular Flip, a moda está de volta

Será que o celular flip está mesmo de volta? Veja por quê tantos fabricantes têm investido nos velhos e bons (?) flips!

Preferido de muita gente até hoje, o celular flip parece estar voltando com força total: repaginado, é verdade, e com novidades que prometem agradar em cheio aos saudosos do aparelho. Moda absoluta nos anos 2000, eles hoje são uma espécie em extinção em praticamente todo o mundo, à exceção do Japão, onde os habitantes, sempre tão vanguardistas, não só não abrem mão do flip como ainda fizeram as vendas desse tipo de celular crescerem 5,7% no último ano, chegando à impressionante marca de 10,5 milhões de aparelhos em 2014. Como ficam os smartphones na terra dos animês? Em franca queda, contrariando o restante do mercado global. Por lá os telefones inteligentes caíram 5,3%, ou seja, praticamente a mesma proporção em que os flips subiram. Mas será que essa moda pega?

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Sharp: afiada com a tendência

Uma das análises para o aumento dos celulares simples seria o fato de que os smarts duram mais, portanto são trocados menos frequentemente – só que ao que tudo indica estão sendo trocados pelos flips. O interessante é que as novidades não param e a sharp já está aproveitando o nicho. Em fevereiro a empresa apresentou o Aquos K SHF31, que pode ser chamado de híbrido: as teclas do flip são capazes de sentir os movimentos dos dedos do usuário e respondem como uma touchscreen.

Tudo bem, isso não chega a ser novidade, já que a BlackBerry já havia lançado a tecnologia em alguns aparelhos. Mas as configurações do Aquos caíram no gosto dos japoneses, com sua tela de apenas 3,4 polegadas e resolução de 540 x 960, processador Snapdragon 400 quad-core, 8 GB de memória interna, 1 Gb de RAM e uma versão adaptada do Android Kitkat.

Mas afinal, o que os flip têm que os smartphones não têm?

Para quem está habituado – e adora – as funcionalidades cada vez maiores dos smartphones e toda independência que eles proporcionam fica meio difícil entender porque o povo de lá gosta tanto dos features phones. O fato tem intrigado até mesmo as próprias empresas fabricantes, que buscaram a resposta em pesquisas com a população. O motivo, ao que parece, é tão simples quanto os celulares básicos: é mais fácil digitar com teclas físicas, a bateria dura mais e são mais resistentes a quedas. Só isso. Bem, os japoneses também acham os celulares flips mais bonitos e estilosos, então a saída tem sido levar o SO do robozinho para este tipo de telefone, o que tem sido um tiro certeiro no alvo das vendas.

Último suspiro antes da morte definitiva? Não é o que parece

Há quem acredite que este boom de flip-phones seja um último suspiro antes da morte definitiva, mas de acordo com os últimos lançamentos, não é o que parece. Panasonic e a pouco conhecida por aqui NEC já estão se retirando do mercado de smartphones, enquanto a Samsung e a LG estão investindo pesado nos flips. Pesado mesmo.

Samsung -

Em julho a primeira apresentou o SM-G9198 que, olhem só, é o primeiro smartphone da empresa com o Snapdragon 808 e com flip! Exatamente, a coreana deixou o flip inteligente com o processador de ponta hexa-core 64 bits, 1,8 GHz, tela SuperAmoled de 3,91 polegadas com resolução de 1280 x 768 pixels, 16 GB de espaço interno com suporte para memória expansível em cartão Micro SD de até 128 GB, 2 GB de RAM e conectividade 4G LTE rodando em ambiente Android 5.1.1 Lollipop de fábrica.

E não se engane com o tamanho da telinha, o aparelho tem câmera traseira de 16 MP e frontal de 5 MP, da mesma forma que os Galaxy S6 e S6 Edge. Ao contrário do esperado, o aparelho não tem a menor pretensão de ser fino ou leve: pesa 191 gramas e mede 119,7 mm x 66,6 mm x 16,7 mm, com painel duplo e estrutura de metal com vidro. Por enquanto ainda não se sabe nada sobre os países de lançamento (mas provavelmente deve ficar pela Ásia, pelo menos a princípio) nem preço.

LG –

De olho no segmento, a LG também já fez seu lançamento, um pouco depois da Samsung, mas apostou no segmento dos flip básicos. Com jeitinho de retrô, ele também roda com S.O. Android Lollipop 5.1.1, mas tem apenas uma câmera na parte traseira com 3 megapixels e poucos botões no teclado, daqueles que fazem você apertar várias vezes para chegar onde quer. A inovação fica por conta da telinha, de 3,2 polegadas (com resolução de 480 x 320 pixels) que é sensível ao toque. A competitividade do preço divide opiniões: 200 mil won (moeda sul coreana), algo em torno dos R$ 570. Para quem defende o modelo, ele tem ainda a vantagem de não distrair a atenção com um monte de aplicativos legais e funcionais. Questão de opinião.

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