A Apple também já passou vergonha
Quem olha para a Apple hoje em dia e vê nela a empresa mais rica do mundo pode não imaginar que ao longo das suas mais de três décadas de existência ela já passou por maus bocados.
Muitos dos produtos que a empresa lançou do mercado não apenas não fizeram sucesso como também foram considerados muito ruins pela imprensa especializada.
Chega a ser difícil imaginar algo tão problemático hoje em dia.
Com raras exceções, a maioria das empresas lançam produtos com um padrão mínimo de qualidade de forma que eles dificilmente apresentem tantos problemas.
Além disso, a opinião do consumidor é cada vez mais ouvida de modo a se construir um produto que atenda às necessidades da maioria.
Chegou a hora de conhecer quais foram os maiores fracassos da Apple.
E, o mais interessante de tudo, é que todos eles ocorreram quando Steve Jobs ainda estava no comando da empresa.
O responsável por transformar o iPhone em um sucesso mundial de vendas também já errou feio muitas vezes.
1 – Macintosh Portable: o trambolho
Entre todos os produtos já lançados pela Apple é bem possível que o Macintosh esteja no topo da lista das piores ideias já executadas pela empresa.
Antes de tudo, vamos prestar atenção ao nome: “portable”.
Em tradução direta isso significa que estamos falando de um produto “portátil”, certo? Mas será que dá para considerar como portátil um computador que pesava mais de 7 quilos?
Essa versão do Macintosh chegou às lojas no final dos anos 80.
Porém, o peso era apenas um dos problemas.
Com um sistema operacional pouco otimizado, o Macintosh Portable era lento e boa parte dos aparelhos apresentavam um grave problema: quando o computador era conectado na tomada ele simplesmente parava de funcionar.
Some a isso o fato de que o valor era muito alto para a época: US$ 12 mil.
Não precisa nem dizer que o produto encalhou nas prateleiras e as poucas unidades que foram compradas precisaram de muita assistência técnica.
Para se ter uma ideia, o manual dizia que as baterias não poderiam se descarregar completamente, pois poderia dar algum problema.
2 – Apple USB Mouse
É possível errar feio na hora de fabricar um mouse?
Aparentemente, um produto tão simples e com “regras” tão claras de uso não parece ser um problema, especialmente para uma empresa do porte da Apple.
Mas foi justamente isso o que aconteceu no final da década de 90 com o lançamento do USB Mouse para o iMac.
À primeira vista o modelo parecia bastante futurista.
Seu visual foi descrito como “similar a um disco de hóquei” e tudo parecia ir muito bem.
Porém, quando ele chegou às mãos dos consumidores é que começaram os problemas. O formato redondo, nada anatômico, tornava o seu uso uma experiência horrível.
Além de tudo ele tinha apenas um botão, o que praticamente obrigava as pessoas a terem que reaprender a usar um mouse.
O produto teve vida curta nas lojas e menos de dois anos depois do seu lançamento a Apple parou de fabricá-lo. Entrou para a história como um exemplo de como não se fazer um mouse.
3 – Apple Newton: o fracasso que fez bem
Quando vemos hoje os smartphones e tablets consolidados no mercado não imaginamos a quantidade de testes pelos quais esses produtos tiveram que passar até que se pudesse chegar no estilo que eles têm hoje.
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No início da década de 90, a Apple já imaginava um portátil similar a um tablet, mas seus primeiros protótipos foram realmente terríveis.
É o caso, por exemplo, do Apple Newton. Lançado em 1993, ele até se saiu bem nas vendas no começo, vencendo concorrentes como o HP TouchPad e o Microsoft Kin.
Porém, passado o furor do lançamento, o produto encalhou nas prateleiras e os mais de US$ 100 milhões investidos pela Apple nunca deram retorno.
O principal problema era a usabilidade. A tela era do tipo resistiva e o aparelho tinha dois pontos fortes: permitir que sua escrita à mão se transformasse em texto digital e envio e recebimento de fax.
Contudo, escrever no Apple Newton era um verdadeiro inferno, pois ele não reconhecia de jeito nenhum os toques na tela. Além disso, era pesado, não tinha aplicativos e a bateria não durava nada.
Aprendendo com os fracassos
Muitas vezes, as ideias concebidas por um engenheiro ou por um designer não se encaixam naquilo que o consumidor espera.
Quando isso acontece, não há milagre que dê jeito e o que as empresas costumam fazer é retirar os produtos do mercado o mais rápido possível.
Porém, muitas companhias aprendem com os seus erros e conseguem dar a volta por cima.
Quando a Apple lançou o primeiro iPhone, parecia uma loucura colocar no mercado um modelo de celular que não tinha um teclado físico.
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Muitas pessoas, inclusive, torceram o nariz para essa ideia.
Porém, a proposta deu tão certo que o mercado de smartphones nunca mais foi o mesmo o os celulares se tornaram os dispositivos eletrônicos mais vendidos do mundo.
Se hoje você tem um celular no bolso, cobiçado e desejado por todos a ponto de ser preciso fazer um seguro para iPhone, agradeça às tentativas e erros que algumas empresas tiveram a coragem de encarar.
A Apple é um exemplo disso, pois soube dar a volta por cima e se tornar referência em tecnologia.
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