Pesquisa Game Brasil mostra que as mulheres são maioria quando o tema é jogatina
“Vídeo game é coisa de menino”. É bem possível que você tenha lido ou ouvido essa expressão é, até algum tempo atrás, ao menos esse resultado era o que os números indicavam.
Não que as mulheres não pudessem jogar, mas a maioria dos jogadores era composta por pessoas do sexo masculino, o que fazia dessa diversão uma espécie de “Clube do Bolinha”.
Porém, o cenário se transformou e hoje elas já são maioria. Uma pesquisa realizada pela Sioux, agência de tecnologia que atua diretamente com games e com a gamificação de aplicativos e serviços, em parceria com a Blend New Research e com o Núcleo de Estudos e Negócios em Marketing Digital da ESPM revelou que elas representam a maioria dos gamers brasileiros: 53,6%.
Mulheres gamers: a força está com elas
Apesar de serem as principais consumidoras desse produto, tanto os jogos quanto o marketing da indústria de games ainda parece não ter despertado para essa realidade.
A maioria dos jogos ainda é feita tendo o público masculino como principal consumidor e boa parte da temática apresentada nas plataformas não está entre as mais atrativas para as mulheres.
Entretanto, a pesquisa revelou ainda, por exemplo, que os jogos não são vistos por elas como uma prioridade. Ir ao cinema, sair com os amigos ou acessar redes sociais ainda são itens mais importantes para elas.
Por conta dessa característica, embora as mulheres sejam maioria isso faz com que elas se definam como “jogadoras casuais” – 59% se identificam com essa classificação.
Sucesso em todas as plataformas
Para que a indústria de games atingisse o nível que hoje possui, com games faturando muitas vezes mais do que muitas superproduções do cinema, os celulares tiveram um papel decisivo nesse cenário.
Hoje, segundo a pesquisa, 74% dos entrevistados jogam em mais de um dispositivo e o smartphone é o mais popular deles, aparecendo com 77,9% das menções.
Os computadores, que já foram os primeiros colocados no passado, hoje seguem em queda – atualmente são utilizados por 66,4% dos entrevistados.
Os consoles, que nasceram como sinônimo para plataforma de jogos e que ainda têm um forte apelo de vendas, aparecem na terceira posição, com 49%.
Todo esse cenário indica um tipo diferente de game, o que colabora com o perfil das mulheres que responderam à pesquisa.
O número de jogadores casuais aumentou consideravelmente e trouxe nessa esteira muitas mulheres, que nos consoles muitas vezes se sentiam à margem, com poucas opções de títulos que de fato fossem do interesse delas.
Em busca do jogo perfeito
Dois itens foram citados com muita frequência por aqueles que responderam à pesquisa. Um deles é a mobilidade.
Como a geração atual encara os celulares como a principal forma de jogar, é natural que essa característica seja colocada em evidência.
Esse, entretanto, é mais um motivo para que você contrate um seguro para smartphone, uma vez que essa popularidade torna os aparelhos mais visados por ladrões.
Segundo a pesquisa, pelo menos 60,7% dos entrevistados afirmou que o tempo de deslocamento de casa para o trabalho é ainda um dos momentos preferidos para a jogatina.
Contudo, pela primeira vez na pesquisa o número de pessoas que admitiram jogar no celular em casa foi superior: 71% dos respondentes.
Os gêneros de “Estratégia” e “Aventura”, com 50,9% e 45%, respectivamente, foram os mais citados pelos entrevistados.
Já os jogos de “Ação”, “Corrida” e “Esportes” estão presentes apenas no top 5 dos homens enquanto as mulheres preferem títulos dos segmentos de “Cartas”, “Match Tree” e “Trívia”.
Xbox é o mais popular entre os consoles
A guerra dos consoles é um tema recorrente na imprensa especializada de tecnologia e games.
Os dois modelos de Xbox – Xbox e Xbox One, da Microsoft – e PlayStation – PS3 e PS4, da Sony – disputam palmo a palmo a preferência dos jogadores, mas no Brasil quem tem se saído melhor é o vídeo game da Microsoft.
O Xbox é o preferido para 37% dos entrevistados e ele costuma ser base de entretenimento para uma média de 1 a 3 horas por semana. Além disso, as mulheres costumam ser mais sociáveis quando jogam em casa.
A pesquisa mostrou que 71% delas jogam acompanhadas ou online, enquanto entre os homens esse percentual é de apenas 55%.
Dessa forma, as mulheres são maioria também nos jogos online, pois 60% delas preferência aos títulos que contam com a opção Multiplayer.
Por fim, outro dado curioso: apesar de socializarem mais quando estão jogando, as mulheres não costumam organizar campeonatos caseiros (apenas 14% delas responderam que o fazem). Já entre os homens, 55% são adeptos desse tipo de disputa.
Fator decisivo de compra
Para concluir, a pesquisa procurou saber ainda quais são os fatores decisivos para a compra de um jogo.
Para as mulheres, as opiniões em redes sociais apareceram como o fator mais importante, já que 50% delas afirmaram que usam as informações que coletam no Facebook, no Twitter ou no Instagram para decidirem que jogo baixar ou comprar.
A opinião dos amigos ou das amigas vem em segundo lugar, com 39%. Já a terceira posição é ocupada pelos vídeos de youtubers, que influenciam 34% delas.
A Pesquisa Game Brasil ouviu 2.497 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal entre os dias 1 e 16 de fevereiro deste ano. E aí, você faz parte de qual percentual dessas estatísticas?
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