Saiba quais são as tecnologias que devem desembarcar nas próximas gerações de celulares
A cada nova geração, os smartphones surgem recheados de novidades para os consumidores. O que muita gente não sabe é que quando um modelo novo chega às lojas as duas próximas gerações já estão sendo trabalhadas pelos fabricantes.
Hoje, cada ciclo dura em média um ano, mas especialistas do setor afirmam que a tendência é que no futuro esse tempo seja reduzido.
Assim, muito em breve teremos um novo celular, de uma mesma marca, disponível no mercado a cada seis meses. Apple e Samsung, as principais fabricantes do mercado, hoje ainda mantém os seus ciclos anuais.
No entanto, empresas como ASUS e Sony, por exemplo, têm reduzido esse tempo para nove ou até seis meses.
Uma fábrica de novidades
Mas qual é a razão para que esses ciclos fiquem cada vez menores? A explicação reside no sucesso da indústria, que praticamente todos os meses consegue apresentar uma novidade relevante para os aparelhos.
Sejam as melhorias diretas no hardware ou ainda as novidades de software, o fato é que os celulares em nossas mãos “envelhecem” cada vez mais rápido.
Com isso nascem as tendências. Uma fabricante testa uma novidade que, se for bem-sucedida, logo é copiada por outra empresa, e mais outra, e mais outra e… Pronto! Temos uma geração inteira trazendo uma novidade e os fabricantes, então, saem em busca da próxima.
E quais são as próximas tendências da indústria?
Foco em segurança
Garantir a segurança dos dados dos usuários é um dos itens que recebe maior atenção por parte das fabricantes.
Há duas razões para isso: a primeira delas é a proteção dos dados, para que ninguém consiga acessar com facilidade o seu celular.
A segunda surge nos casos de emergência, quando o seu aparelho é roubado.
A ideia é que quem roube o produto fique com um peso de papel nas mãos, já que o celular pode ser inutilizado.
Em outras palavras, se você tiver um seguro para iPhone, por exemplo, poderá reaver o dinheiro que pagou pelo aparelho, comprar outro e inutilizar por completo o modelo que foi roubado.
Leitor de íris: a próxima tendência
A Samsung abriu as portas para essa nova tendência e é bem provável que as demais fabricantes sigam a mesma iniciativa.
Especula-se que o próximo iPhone, previsto para ser anunciado em setembro, deve contar também com esse recurso.
O leitor de íris, presente no Samsung Galaxy S8, no Galaxy S8+ e no Galaxy Note 8 é hoje a forma mais seguro de desbloquear um aparelho.
Essa forma de desbloqueio do aparelho é ainda mais segura do que os leitores biométricos. Isso porque esse recurso mede os padrões únicos no círculo colorido em torno da pupila.
Ela é mais rápida e você não precisa encostar em nada: basta olhar fixamente para o sensor e, uma vez reconhecido, o desbloqueio é efetuado em questão de segundos.
O fim do leitor biométrico?
Já faz algum tempo que a indústria adotou os leitores de impressão digital como padrão para desbloqueio de smartphones.
Nos últimos dois anos, praticamente todos os modelos lançados incorporaram esse recurso e hoje é difícil encontrar um smartphone que não tenha essa função.
Porém, com os leitores de íris, o botão pode sofrer algumas transformações.
A ideia é que em breve o botão físico para leitura de digitais deixe de existir. Em seu lugar, as telas dos aparelhos contariam com uma tecnologia que permitiria reconhecer as impressões digitais do usuário.
Isso liberaria espaço na parte frontal – outra tendência – para que houvesse um melhor aproveitamento de tela.
Assistentes personalizados
Outra tendência dos smartphone futuros é que eles contem com um maior número de recursos que permitam que os usuários possam interagir com os aparelhos sem encostar a mão.
Hoje, os comandos de voz já são uma realidade para fazer pesquisas, abrir aplicativos e anotar certos lembretes.
A ideia, no entanto, é que esses comandos básicos possam evoluir de tal forma a ponto de você não precisar encostar no smartphone para mais nada.
A Samsung, por meio da assistente pessoal Bixby, pretende fazer justamente isso no futuro, mas o recurso – já disponível nos seus lançamentos mais recentes – ainda não está disponível em língua portuguesa.
Já no caso da Apple, a aposta deve ser nas melhorias da Siri, que cada vez ganha mais destaque nos aparelhos da empresa.
Telas “infinitas”
Por fim, a última das tendências que deve ganhar ainda mais força a partir de agora é a dos chamados “displays infinitos”.
O recurso já está presente nos modelos Samsung Galaxy S8 e LG G6, ambos lançados em março deste ano.
Agora, a novidade será incorporada também ao iPhone 7S e ao iPhone 8 – e muito em breve veremos o recurso em todos os smartphones do mercado.
Esse aumento do display, sem que haja aumento no tamanho do aparelho, está sendo possível graças à diminuição das bordas e à retirada do botão principal da porta frontal.
Ou seja, uma tendência leva a outra e os fabricantes exploram ao máximo o que podem para que ninguém fique para trás no concorrido mercado de tecnologia.
O que tem mudado para pior, infelizmente, são os preços: mesmo no mercado norte-americano, cuja tendência é que eles sejam mantidos, os novos lançamentos – Galaxy Note 8 e o próximo iPhone – chegarão às lojas mais caros do que o que estávamos acostumados a ver nos grandes lançamentos.
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