Aprenda como conferir a procedência do smartphone que você está comprando para evitar dores de cabeça no futuro
Não são todas as pessoas que buscam sempre um aparelho top de linha ou um smartphone novo quando pretendem trocar de aparelho.
Para muitos, o top de linha de dois anos atrás pode ser uma hoje uma boa alternativa de um celular com boa relação custo-benefício e capaz de suprir as demandas necessárias no dia a dia.
Porém, antes de comprar celulares seminovos é importante ficar de olho na procedência do produto, especialmente se você está comprando o aparelho de alguém que você não conhece.
Seguindo alguns conselhos simples, é possível se resguardar de eventuais surpresas desagradáveis, como o fato de um celular ser pirata ou mesmo roubado.
De olho no RG do celular
Não importa qual é o aparelho que você está querendo comprar. Todos os modelos, de todas as marcas, possuem um número único, o chamado IMEI.
Em tradução direta, a sigla significa Identificação Internacional de Equipamento Móvel e é com este número que você pode verificar junto à Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações – se o modelo está ou não na lista de dispositivos bloqueados.
Por isso, cresce a importância de você também agir caso o seu aparelho seja roubado. Se por acaso você for a vítima, entre em contato com a operadora de telefonia e com a Polícia Civil ou a Polícia Federal para comunicar o fato.
O registro da ocorrência é feito a partir do IMEI do aparelho. Dessa forma, em caso de roubo, esse IMEI vai parar em uma lista negra.
Descobrindo se um celular pode ser usado
Vamos supor que você esteja comprando um smartphone seminovo, mas ainda tenha algumas dúvidas com relação a sua procedência.
Primeiramente, você vai precisar descobrir qual é o IMEI dele. Esse número, em geral, vem estampado na caixa do produto ou mesmo internamente, me manuais.
Se você não tiver acesso a nada disso, o próprio aparelho pode fornecer a resposta.
Como se fosse fazer uma ligação, basta digitar no teclado o seguinte número: *#06# e depois clicar em “Chamar”.
Em questão de segundos você receberá uma resposta, no caso o número do IMEI. De posse desse código você poderá descobrir se existe algo de errado com o aparelho antes de optar ou não pela compra.
Como consultar o IMEI
Agora que você já tem o número em mãos é hora de saber mais informações a respeito do aparelho em questão. Tudo o que você precisa fazer agora é acessar o site Consulta Aparelho Impedido. Dentro dele, localize a opção “Consultar IMEI” e clique sobre ela.
Em seguida, digite o código que você acabou de descobrir, os caracteres de segurança exibidos na tela e, depois, clique em “Consultar”. O resultado será exibido logo abaixo.
Caso a mensagem exibida seja “aparelho não cadastrado na base”, isso indica que não há nenhuma pendência com relação a ele. Em outras palavras, não se trata de um celular roubado ou perdido.
Por outro lado, caso a resposta exibida seja “impedido”, isso significa que em algum momento foi comunicado o roubo ou a perda do smartphone à base de dados da Anatel. Ou seja: trata-se de um celular com problemas e você não deve continuar com a compra, pois sua procedência pode ser duvidosa.
Prazos de consulta
Se o celular tiver sido roubado recentemente, é possível que nada conste na base de dados da Anatel. Isso porque os pedidos de bloqueio levam até 72 horas para serem concretizados.
Então o fruto de um roubo, se for vendido em menos de 48 horas, pode ainda acabar ocasionando problemas para o comprador.
Vale lembrar, que no caso de compra de celulares seminovos é importante solicitar ao proprietário atual do modelo que ele tenha a nota fiscal, ainda que o prazo de garantia já tenha se esgotado.
Ela será imprescindível, por exemplo, na hora que você for contratar um seguro para celular e indicará o valor inicial do aparelho, bem como seu valor de revenda atual.
iPhone tem bloqueio automático pelo fabricante
Se o aparelho em questão for um iPhone, é preciso ficar de olho em mais alguns itens. Isso porque os celulares da Apple contam com o recurso “Bloqueio de Ativação”, que impede que outra pessoa utilize o aparelho em caso de perda ou roubo.
Se esse recurso estiver ativado, antes de iniciar configuração do celular você terá que preencher o ID e a senha do antigo dono.
Ou seja, se você comprou um iPhone roubado e esse recurso estiver ativado, no final das contas você vai ter em mãos um celular inoperante, um verdadeiro peso de papel.
Se o antigo dono puder desbloquear o aparelho você pode prosseguir com a compra, mas caso não seja possível, desista e procure um modelo sem nenhum tipo de limitação.
Desconfie de preços muito baixos
Por fim, vale levar em consideração uma dica que serve para a compra de qualquer produto usado: desconfie se o valor do aparelho for muito abaixo do que é praticado no mercado.
Por exemplo, se um iPhone usado custa entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil, comprar um celular que esteja sendo vendido por R$ 600 pode não ser uma boa ideia. Esse é o tipo de “barato que sai caro”.
É melhor procurar sempre um produto que esteja dentro da faixa de preço do que é praticado no mercado.
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