O que é Android? Descubra um universo de doces e versões.
Líder absoluto, o sistema operacional Android é o mais usado em dispositivos móveis no mundo todo. Já são mais de 1 bilhão de usuários ativos que dominam quase 85% do mercado de celulares. Com 1,3 milhão de aplicativos disponíveis, o sistema operacional está sempre no topo. Diz-se ainda que o desenvolvedor Google já lucrou US$ 22 bilhões com a plataforma desde 2008.
A história de sucesso do sistema operacional apelidado com nomes de doces começou antes mesmo da chegada nos smartphones, há 11 anos.
O início
Em 2005, o Google comprou uma série de pequenas empresas do tipo start-up, inclusive uma chamada Android Inc, de Andy Rubin, por US$ 50 milhões. A start-up era pouco conhecida e desenvolvia softwares para smartphones.
Somente em setembro de 2008, após uma série de reuniões e parcerias com diversos fabricantes de celulares, testes da comunidade desenvolvedora e expectativa mundial, o primeiro exemplar de smartphone com o sistema operacional foi o G1, da fabricante HTC. Ainda muito simples em relação à quantidade de possibilidades que temos hoje, a versão 1.0 do Android ainda não tinha nem apelido, mas já vinha com barra de notificações, navegador próprio e o Android Martek, o “pai” do que hoje chamamos de Google Play.
Cinco meses depois, a próxima versão, 1.1, foi mais uma atualização do sistema, que teve o objetivo de aperfeiçoar a primeira. Erros foram corrigidos e acrescentou-se ainda a capacidade de salvar anexos no celular e a busca e reviews de estabelecimentos comerciais nos mapas.
Uma plataforma muito doce
O próximo lançamento, o Android 1.5, foi o primeiro a receber o nome de uma sobremesa: em abril de 2009, o Android Cupcake surgia com a possibilidade de criar atalhos para os aplicativos, gravar, reproduzir e compartilhar vídeos, inclusive no YouTube, e o essencial recurso copiar e colar no navegador.
A quarta versão foi chamada de 1.6 Donut, seguindo a ordem das letras do alfabeto. Ela foi lançada em setembro do mesmo ano, e passou a oferecer suporte a telas de várias resoluções, com elementos de interface redimensionados automaticamente. A busca do Google também melhorou e mais de um recurso pôde ser selecionado ao mesmo tempo.
Apenas um mês depois, a versão 2.0 chegou com tudo, oferecendo recursos que hoje são essenciais e que melhoraram ainda mais a plataforma. Novas funcionalidades da câmera, autocorreção das palavras no teclado, possibilidade de incluir várias contas, suporte a navegação via GPS… Tudo isso chegou de uma vez só no Android Eclair!
Em maio de 2010, mais um lançamento do Google. A versão 2.2 FroYo começou nos smartphones Nexus e, quando chegou a todos os modelos, melhorou o desempenho do sistema. Pouco notada pelos usuários, a segurança e a estabilidade foram o foco dessa atualização, que também começou a oferecer a possibilidade de rodar sites em Flash, e o antigo Android Market foi oficialmente batizado de Google Play, para baixar e atualizar automaticamente os apps.
A versão que começa com a letra G foi chamada de 2.3 Gingerbread. Melhor resolução de tela e suporte para câmera frontal foram só algumas novidades, bem como suporte nativo a Near Field Communications (NFC), para melhorar o rendimento, inaugurar a capacidade de ligações de internet e aumentar velocidade ao escrever, inclusive com um novo teclado. Novos sensores, como acelerômetro e giroscópio, possibilitaram a criação de jogos mais avançados para a plataforma. Por muito tempo, esta versão de dezembro de 2010 foi a mais popular entre os usuários do sistema.
O Android 3.0 a 3.2 Honeycomb, por outro lado, são os menos favoritos. Pensados principalmente para os tablets, suas características criaram um novo sistema multitarefas, no qual usuários traziam os apps já abertos para frente da tela, além de uma interface repaginada e navegadores de múltiplas abas. Até hoje, é a versão utilizada nos televisores com Google TV.
Focadas na interface, as melhorias da versão 4.0 Ice Cream Sandwich substituíram os botões de hardware por botões de tela e permitiram deslizar as notificações para o lado para excluí-las, oferecendo uma nova experiência para o usuário.
Os mais usados
Lançada em 2012 como Jelly Bean, a versão 4.1, foi logo atualizada pela 4.2 e pela 4.3. Ainda hoje é a terceira versão mais usada do Android.
As novidades foram desde o uso de gestos na tela de bloqueio para ativar a câmera até o surgimento do assistente pessoal Google Now. A interface mudou de novo, com rendimento mais rápido, e a segurança foi aprimorada, com dados criptografados pelo Android.
Um ano depois, a versão nova foi chamada de 4.4 Kit Kat, o chocolate em barrinhas finas famoso em todo o mundo, usada por 36% dos usuários até hoje. Nove meses mais tarde, em junho de 2014, a mesma versão foi inserida nos smartwatches.
Com melhorias de desempenho e segurança, uma das atualizações mais importante foi o Projeto Svelte, que reduziu os requerimentos do sistema na hora de atualizar a plataforma.
Na 5.0 Lollipop, no final de 2014, chegaram mais mudanças no visual, com nova área de notificações e atalhos, nova exibição dos aplicativos recentes e animações mais fluidas que melhoraram ainda mais a experiência de uso, que faz com que 32% dos usuários tenham estagnado nesta versão.
O recém-lançado Android M (Marshmallow) foi apresentado no segundo semestre de 2015. Dessa vez com atenção para as permissões de aplicativos, maior desempenho da bateria e reconhecimento da impressão digital, a versão 6.0 chega bem mais segura em comparação com o primeiro lançamento, mas ainda está em apenas 1% dos dispositivos com plataforma Android no mundo.
As atualizações de um sistema operacional que vem sendo modificado em ritmo veloz mostram que nem sempre o design, os recursos e a segurança foram impecáveis e ainda não são, mas o processo contínuo de aperfeiçoamento causa uma relação de interação profunda com o smartphone, parte fundamental da vida de muita gente.
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