Neste ano, os primórdios dos recursos que são os favoritos hoje em dia foram aparecendo no mercado
Já houve um tempo onde a principal função dos celulares era… Realizar ligações! Em 2006, os celulares ainda nem eram chamados de smartphones, porque de smart (que quer dizer inteligente, em inglês), eles não tinham quase nada. Quando ainda pouco se imaginava que os celulares passariam por transformações – do tijolão a espessuras de menos de 6 milímetros, do envio de mensagens SMS para os aplicativos de comunicação, dos jogos pixelados a verdadeiros campeonatos de games –, eles começavam a roubar a cena mundial e ficavam cada vez mais populares nas mãos dos usuários. No entanto, há dez anos, as inovações dos fabricantes ainda eram recursos que, hoje em dia, são considerados básicos, mas representaram evoluções essenciais para que a tecnologia chegasse até aqui. Acompanhe a seguir o que era considerado tecnologia de ponta e o que estava acontecendo no mercado quando se falava em celular naquela época.
Números
Mais de um bilhão de dispositivos foram vendidos mundialmente em 2006. O número foi 25% superior que as vendas de 2005, de acordo com o gabinete Strategy Analytics. Em tempos em que a Apple ainda não tinha adentrado no mercado de telefonia móvel, a Nokia dominava o mercado, com 34,1% de liderança nas vendas. Em seguida, a Motorola, que foi recentemente extinta, ficava em segundo lugar. A Samsung, que hoje é uma gigante e referência em tecnologia, estava em terceiro lugar do ranking.
O mais vendido
Um dos celulares mais vendidos em todo o mundo, e que foi muito popular no Brasil, é o Nokia 1110, lançado em 2006. Foi o primeiro celular de muita gente e pesava 80 gramas, com tela monocromática. Ao todo, mais de 150 milhões de unidades foram comercializadas. Confira os outros 9 celulares mais vendidos.
O mais caro
A fabricante GoldVish criou o modelo mais caro até então, o GoldVish Le Million. Registrado no Guiness, o livro dos recordes, o aparelho foi feito à mão com ouro branco de 18 quilates e tem o corpo revestido por diamantes. O valor é de US$ 1,3 milhão.
Câmera
Apenas seis anos após o lançamento do primeiro celular com câmera, a resolução, principal indicador da época para garantir fotos de qualidade, chegava a 10 megapixels. O modelo era da Samsung, e o valor chegava a US$ 900.
Espessura dos celulares antigos
Não tão brutos quanto os antecessores, mas também nem tão finos e elegantes quanto os modelos atuais. Com quase 10 milímetros de espessura, a LG e a Motorola lançaram modelos que caberiam perfeitamente no bolso do usuário. A Samsung também caprichou no lançamento e disponibilizou o primeiro celular com espessura de 7 milímetros. Com configurações mais ou menos avançadas, eles foram os precursores das telas finas.
GSM
A sigla significa Sistema Global para comunicações Móveis, e, tecnicamente, quer dizer que trabalha em uma faixa de frequências entre 900 MHz e 1800 MHz, com transmissão criptografada, o que dá mais segurança ao processo. Com o sistema GSM, os usuários podem ter cobertura telefônica mesmo quando estão em roaming (sujeito a taxas), pois a migração é feita automaticamente para outra operadora local. Além disso, foi possível realizar, pela primeira vez, a portabilidade nos dispositivos. Dessa forma, quando uma pessoa queria trocar o modelo do celular, os números de telefone e dados como agenda poderiam ser importados ao novo aparelho por meio do cartão SIM.
Tela sensível ao toque
Em 2006, elas ainda não estavam disponíveis para comercialização, mas já eram uma aposta para os anos seguintes, de acordo com o gabinete Strategy Analytics. A Motorola chegou a lançar um modelo totalmente sem teclas neste ano, que recebia os comandos através de uma tela sensível ao toque. Entretanto, a experiência para o usuário não foi muito positiva, uma vez que o celular era muito lento. Em anos anteriores, as telas do tipo touch já estavam sendo testadas e implementadas numa série de aparelhos, com a icônica caneta própria para o toque.
iPhone
Já bastante conhecida pelos seus potentes computadores Mac e o player iPod, a Apple ainda não tinha anunciado seu primeiro modelo de iPhone, o que aconteceria só em 2007. Na época, a promessa era o surgimento de um dispositivo que juntaria as funções do iPod com as de um dispositivo celular sem comprometer a bateria. Ainda não havia pistas de que este seria o aparelho que redefiniria a tecnologia móvel no mundo todo.
Vício
Já nesta época, especialistas previram um comportamento muito comum nos dias de hoje: o vício no celular. De acordo com pesquisa da empresa Virgin Mobile, 84% dos usuários revelaram que o celular nunca ficava longe de si e, para uma em cada sete pessoas, ficar sem o dispositivo gerava sensação de ansiedade e estresse.
Operadoras
Com mais de 95 milhões de linhas ativas no Brasil, sendo 80,77% delas pré-pagas, as operadoras de telefonia celular viviam uma explosão em termos de uso dos dispositivos. A Vivo, inaugurada há apenas três anos no país, já era líder nas vendas, e dominava 29,79% do mercado. Já a tradicional TIM vinha logo atrás, com 25,23%. A Claro, conhecida anos antes como BCP Telecomunicações, a primeira operadora de celular no Brasil, representava 23,26% de participação no mercado.
Balanço dos celulares antigos
Os celulares de 2006 já possuíam características muito parecidas com os modelos que consideramos essenciais hoje em dia. A diferença é que, nos anos anteriores, muitos recursos ainda eram novidades, que ajudaram a transformar toda uma geração na hora de priorizar os recursos que seriam vitais para o celular. A evolução dos dispositivos móveis vai continuar por muitos anos, e, cada vez que olharmos para trás, vamos perceber que tudo isso foi só o início de uma nova forma de viver. Já trocou o seu celular de 2006? Se hoje em dia o seu celular já não é mais um desses, não deixe de ter um seguro para smartphone e seja Bem Mais Precavido, seja #BemMaisSeguro!
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